
História da Nutrição no Brasil
A história da nutrição no Brasil acontece ainda no período histórico conhecido como Estado Novo, com o então presidente Getúlio Vargas. O anseio do Estado para com a modernização da economia brasileira teve grande influência para esse acontecimento. Para além disso, a preocupação com as condições de saúde do trabalhador foi outro fator que possibilitou o surgimento da formação nutricional no país. (Vasconcelos, 2002).
Consoante o Conselho Federal de Nutrição (CFN) o primeiro curso de nutrição do Brasil foi criado no dia 24 de outubro de 1939, na Faculdade de Saúde Pública de São Paulo, com duração de um ano, ministrado em tempo integral, dividido em quatro períodos. Em 1966, o período para a conclusão passou para três anos. Em 1972, o Ministério da Educação estabeleceu que tais cursos teriam a duração de quatro anos, divididos em oito semestres. Embora, a formação dos profissionais da nutrição já estivesse em curso, o ofício só veio ser regulamentada quase trinta anos depois, foi com a Lei nº 5.276, de 24 de abril de 1967 que os nutricionistas passaram a serem regulados pelas diretrizes da nação brasileira. Após dez anos da primeira lei de regulamentação da nutrição, outra lei foi sancionada em 1978 a lei nº 6.583, que dispunha sobre as criações dos Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas com a finalidade de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício profissional. A instalação dos Conselhos Regionais foi realizada a partir de 1980. Já em 17 de setembro de 1991, o presidente Fernando Collor de Melo sanciona a Lei n° 8.234 e os nutricionistas são reconhecidos como especialistas em alimentação e nutrição.
No Brasil a criação do primeiro Programa Nacional de Alimentação e Nutrição, em 1972, estimulou a invenção de novos cursos de Nutrição e o mercado de trabalho para os nutricionistas, por conseguinte, a profissão expandiu-se das fronteiras dos hospitais e Serviços de Alimentação da Previdência Social (SAPS) para efetivamente assumir as escolas, os restaurantes de trabalhadores, docência, indústria, marketing, nutrição em esportes, saúde suplementar, núcleos de assistência à saúde da família. Esta ampliação de áreas se mantém até hoje. Atualmente, a carga horária mínima exigida para a formação do nutricionista é de 4 mil horas que é considerado requisito essencial para que este profissional possa adquirir os conhecimentos técnicos e científicos necessários ao desenvolvimento da assistência nutricional à população, expressos na resolução CNE/CES nº 5, de 2001, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Nutrição.
Referências:
CFN - Conselho Federal de Nutrição. A história do nutricionista no Brasil. [Online] Disponível em: <http://www.cfn.org.br/eficiente/repositorio/comunicacao/Material_institucional/160.pdf>. Acesso em 05 de dezembro de 2017.
VASCONCELOS, Francisco Assis Guedes de. O nutricionista no Brasil: uma análise histórica. Rev. Nutr. [online]. 2002, vol.15, n.2, pp.127-138. ISSN 1678-9865.<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732002000200001> acesso em 05 de dezembro de 2017.

